Desde o começo do ano tenho trazido aqui, em artigos mensais, habilidades (ou power skills) imprescindíveis a serem desenvolvidas para que se possa obter o melhor resultado no esporte, no trabalho ou na vida.
Uma está intimamente ligada à outra e impacta diretamente nos demais e assim, por consequência, na performance.
Se ainda não leu os artigos anteriores, recomendo que o faça, assim saberá como extrair seu máximo potencial em todas as ocasiões:
- importância de manter o foco
- resiliência mental
- mudar o mindset (atitude mental) para nos mantermos no curso e realizar as nossas metas.
- Engajamento
- Nível de Energia
- Habilidade de relacionamento
A próxima habilidade que vou abordar é a Autoconfiança e a Autoestima. Talvez nem precisasse explicar o quanto interferem no desempenho, já que parece óbvio que sem qualquer uma delas realizaremos muito aquém da nossa capacidade.
Porém, mesmo sendo óbvio, às vezes nos faltam ferramentas para implementa-las (ou resgata-las) em nossa vida.
Para começar, vou deixar claro a diferença entre ambas:
Quem não tem autoconfiança deixa de realizar mais por não acreditar em seu potencial, perde oportunidades, não se vê apto a conquistar um pódio, um título, uma promoção. Não expressa suas opiniões e tem dificuldade de falar em público.
Já aquele que tem baixa autoestima não gosta de si mesmo, não se vê merecedor de reconhecimento, de amor, de pertencimento. Tem mais tendência a brigar e a ser negativo.
A falta de energia, também uma das habilidades essenciais para conquistarmos melhores resultados, pode abalar o nível de autoconfiança, por isso, trate de aumentar sua disposição.
Algo que aconteceu no passado pode ainda hoje interferir na forma como você se vê, fazendo-o acreditar ser menos capaz.
Pior ainda quando esse sentimento provém de um feedback dado com pouco ou nenhum tato, fazendo-o entender esse feedback como uma verdade absoluta e não acreditar em seu potencial. Essa crença limitante é consequência do mindset fixo, que também é tema de um dos meus textos no Trilo.
Para reverter esta situação, um exercício é se expor e encarar seus medos e inseguranças, porém em pequenas doses, o que fará com que se torne mais resiliente e confiante, mas de forma consistente e duradoura.
Pequenos passos diários e pequenos sucessos mudam a forma como se sentirá em relação a sim mesmo.
Além do medo, que pode gerar essa falta de confiança, a vergonha a respeito de algo que você não quer que as pessoas saibam a seu respeito, com receito de gerar desconexão, pode diminuir a confiança e a autoestima. Aqui não me refiro a coisas escusas, falta de valores, caráter ou ética. O simples fato de ter um pace alto, faltar nos treinos ou comer demais podem ser fatores de embaraço para certas pessoas.
Para isso é necessário a coragem de ser imperfeito, de ser gentil consigo mesmo antes de ser com os outros. A conexão é gerada como resultado por sua autenticidade.
A vulnerabilidade não é uma fraqueza e sim uma virtude. Torna a pessoa mais humana e mais próxima dos demais, cria identificação. Segundo pesquisas, é o centro do medo e vergonha, mas também da criatividade, felicidade, amor e pertencimento.
Recomendo duas palestras que mostram como aumentar sua autoconfiança e autoestima. Uma sugere tentarmos algo novo por 30 dias e outra mostra como um exercício simples, de linguagem corporal, pode interferir na forma como nos vemos e sentimos.
Vale à pena assistir e colocar os exercícios em prática:
Experimente algo novo por 30 dias
Sua linguagem corporal molda quem você é
Acredite em mim, pequenos ajustes podem grande mudanças e assim, diferentes resultados. Pode ser a diferença entre garantir uma vaga para um mundial ou seguir, prova após prova, apenas tentando.